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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Relações Públicas e a Produção Executiva


Simone Luz Ferreira se formou em Comunicação Social – Habilitação Relações Públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, no ano de 2010. Também se formou em Produção Audiovisual – Cinema e Vídeo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Faculdade de Comunicação Social - FAMECOS - TECCINE, em 2008.

Desde março desse ano é Coordenadora Geral de Projetos da Fundacine. Suas principais atividades são: desenvolvimento, gerenciamento e coordenação de projetos culturais; organização e realização de eventos da entidade.

A palestra é aberta aos alunos de Comunicação Social interessados na área.

Segue abaixo uma entrevista realizada por Karina Carey Fröhlich com a produtora cultural Simone Luz Ferreira, em abril de 2010.

O CONTEXTO DA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL NO BRASIL

1. O que significa para você ser um produtor audiovisual?
Produtor audiovisual é o profissional que viabiliza uma produção cinematográfica, seja ela em video ou película. Cabe ao produtor elaborar o projeto da obra, captar os recursos, seja via patrocinio direto ou por lei de incentivo fiscal, executar o projeto, finalizar o filme, distribuir e, finalmente, colocar a obra no circuito exibidor.

2. Quais as principais características para ser um profissional qualificado nessa área?
Primeiramente, ter liderança e capacidde de gerenciamento de equipe, saber relacionar-se, ser organizado, conseguir planejar atividades com facilidade e, por fim, conseguir realizar varias ações simultâneas.

3. Como você percebe a participação das mulheres como produtoras de cinema? Há uma desigualdade ou um certo preconceito?
Na área cinematográfica é bastante equilibrada a atuação de produtores de ambos os sexos. No entanto, os homens, normalmente, realizam a produção executiva, enquanto as mulheres realizam a direção de produção.

4. Como pode ser analisado o mercado audiovisual no Brasil hoje?
A área está paulatinamente em expansão, pois cada vez mais recebe investimentos das áreas pública e privada. O cinema deixou de ser visto apenas como arte, passando a ser um negocio altamente lucrativo. Nesse sentido, acaba envolvendo outras facetas da comunicação, como a publicidade, o marketing e a economia da cultura.

5. Em relação ao mercado internacional, o produtor brasileiro precisa ser um conhecedor de técnicas de marketing para poder “vender” seu projeto lá fora, ou basta ter um bom produto?
Atualmente, as relações internacionais do cinema brasileiro se dão apenas em nível de co-produção ou através da participação em festivais.

6. Quais as chances dos produtores brasileiros em um mercado tão competitivo como o atual?
Nesse contexto, os produtores brasileiros se destacam mais do que as obras cinematográficas nacionais, uma vez que o cinema brasileiro ainda não funciona como uma industria, como acontece no mercado internacional.

7. Qual a principal diferença entre o processo de produção digital e o de película?
A principal diferença esta na forma da captação da imagem, considerando que o filme digital é gravado em uma memória virtual, através da linguagem de bits, enquanto que o filme em película é fixado em uma camada de sal de prata.

8. O cinema digital facilita a entrada de mais cineastas no mercado?
Facilita devido à grande oferta de câmeras digitais de baixo custo, em comparação as câmeras de cinema caras e restritas a grandes produtoras. Além disso, o processo de edição e as janelas de exibição contribuem para a expansão do cinema digital.

9. Já existem frutos a serem colhidos no cinema brasileiro devido às produções digitais?

O formato digital não fez grande diferença para a sustentação do cinema nacional, devido ao problema de falta de credibilidade dos investidores e do público serem bem maiores. Nesse caso, precisa-se mudar a cultura do país, para depois então aperfeiçoar as produções.

10. Como são os incentivos do Governo para a produção audiovisual no Brasil?
Hoje, no Brasil, só se produz cinema através de incentivos fiscais do Governo, sendo esses através de editais de isenção fiscal para as empresas que investem no patrocinio dos filmes, por exemplo, LIC, LEI ROUANET, Lei do audiovisual.

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